No blog Ideias e Negócios, você vai encontrar ideias e dicas de empreendimentos de sucesso para inspirar sua coragem e iniciar seu próprio negócio.
"O sucesso só vem antes do trabalho no dicionário."

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De ex-office boy a empresário de sucesso: experiência e sensibilidade

Notas fiscais e contratos de empresas: esta é a carga transportada pela empresa fundada em 2002 pelo ex-office boy Thiago Oliveira, 34 anos. A IS Logística é provavelmente a maior empresa de transporte de documentos do país, faturando em 2013 cerca de R$ 30 milhões. Conheça a história e inspire-se!


Oliveira percebeu a oportunidade de negócio quando era motorista. "A transportadora fazia coletas e entregas de cargas junto com documentos, o que era um risco, já que a documentação poderia ser extraviada em caso de roubo de mercadoria. Pesquisando o mercado, vi que não havia nenhuma empresa especializada só no transporte de documentos e resolvi apostar."

O negócio começou com investimento inicial de R$ 17 mil emprestados por um amigo, valor usado na abertura da empresa e no aluguel de uma sala comercial em São Paulo. Os dois primeiros motoristas trabalhavam com veículo próprio, só em 2003 a empresa financiou seu primeiro carro.

Hoje a empresa possui uma frota com mais de 120 veículos --entre carros de passeio, vans e pequenos caminhões--, além de parceria com companhias aéreas. São quase 300 funcionários em 24 filiais distribuídas por 21 Estados, e cobertura de cerca de 90% do território nacional. Por dia, são realizadas 8.500 coletas e entregas.

Entre os cerca de 400 clientes, há grandes empresas com filiais espalhadas pelo país que precisam trocar documentos com frequência. A IS transporta os documentos em malotes, lacrados pelo cliente e coletados em horários definidos no contrato. 

Os contratos costumam ser anuais e os preços variam de acordo com a periodicidade das coletas e entregas e com a região. "A coleta e a entrega no Estado de São Paulo podem custar R$ 230, mas se for enviar para Manaus, por exemplo, [o serviço] pode sair por R$ 1.300", afirma.
Rastreamento e especialização

Segundo Oliveira, a IS Logística não concorre com motoboys por transportar documentos entre cidades. Seus principais concorrentes são outras transportadoras, que também levam mercadorias, e os Correios.

O diferencial da empresa, de acordo com Oliveira, é a especialização, o que reduz o risco de perder os papeis em caso de roubo de carga, e a possibilidade de rastrear os malotes em qualquer etapa do transporte por meio de um aplicativo no celular. Nos Correios, por exemplo, o rastreamento só é possível enquanto a encomenda está no centro de distribuição.
Más condições das estradas exigem gerenciamento de risco

Para Vagner João da Silva, consultor do Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), o empresário precisa possuir um bom sistema de gerenciamento de risco para trabalhar com logística e estar preparado para lidar com a má condição das estradas no país.

"Ele deve fazer manutenção preventiva nos veículos, para que eles não fiquem parados e vulneráveis nas rodovias. Precisa ter um cadastro de todas as pessoas ligadas à operação, para garantir que não tenham antecedentes criminais, roteirizar a entrega para evitar locais suspeitos, ainda que pegue um caminho mais longo e assim por diante."

Quem quiser investir nessa área precisa se preparar para gastos elevados com manutenção de veículos, acidentes ou roubos de carga, alerta o consultor. 

Em doze anos de empresa, Oliveira diz que foi assaltado apenas duas vezes, o que ele atribui ao fato de não transportar carga. Nos contratos, a IS Logística se responsabiliza e indeniza o cliente caso haja prejuízo.

fonte: UOL Empreendedorismo

De sem-teto à mega-empresária em dois anos, Dani Johnson


Dirigir grandes empresas, viajar constantemente pelo mundo e tornar-se uma pessoa milionária em pouco tempo, certamente esse é o sonho de quase todos que pensam em empreender. Dani Johnson, uma americana de 43 anos, o realizou, tornando-se empresária ainda aos 23 anos, após ter sido uma sem-teto a até dois anos antes. Que esta história de superação sirva de inspiração a muitos futuros empreendedores.


Antes do sucesso e da fortuna, a história de vida de Dani Johnson não era digna de qualquer inveja. Muito pelo contrário, com problemas familiares, cercada por violência física, violência sexual e drogas, acabou grávida aos 17 anos e decidiu sair de casa para morar na rua. Nesta época, começou a trabalhar como garçonete no Havaí e a usar cocaína. Ela ainda possuía uma dívida de US$ 37 mil em seu nome (cerca de R$ 73 mil).

“Percebi que havia me tornado pior do que a família em que cresci e isso foi devastador. Minha mãe e meu pai eram viciados em drogas e nunca tinha visto meus pais sóbrios. Minha infância foi cheia de ameaças e violências diárias”, afirmou Dani Johnson em entrevista a revista Forbes

Dentro de seu carro, onde dormia, ela teve uma ideia que mudaria totalmente sua vida. No banco de trás havia um remédio para perda de peso, que ela havia comprado tempos antes de sair de casa. No primeiro momento, desanimada e ao mesmo tempo revoltada com o momento, pensou: “Não, não vou ser vendedora de um produto para perda de peso. De jeito nenhum vou fazer isso”. Mas, depois, ela pensou que às vezes é preciso fazer coisas que não se deseja fazer.

Foi assim que Dani resolveu ligar para a fabricante do produto e se oferecer como uma espécie de vendedora. Ela passou a divulgar a marca por meio de flyers e negociou com uma empresa de telecomunicações para obter um número de telefone em que as pessoas pudessem fazer o pedido.

Logo no primeiro mês, a empreendedora recebeu 40 cheques, que totalizaram US$ 4 mil (atualmente, cerca de R$ 8 mil). Segundo a publicação, Dani arrecadou US$ 250 mil logo no primeiro ano e, um ano depois, já tinha se tornado milionária. No segundo ano, ela abriu 18 centros de perda de peso em todo o país e, em 1996, vendeu o negócio que a teria tornado milionária.

Hoje, com 43 anos, a incrível história da americana tem lhe rendido ainda mais dinheiro com várias palestras pelo mundo - Dani Johnson orienta milhares de pessoas sobre como fazer milhões de dólares a partir de pequenas -e aparentemente irrelevantes- iniciativas. Além disso, foi convidada para o programa da Oprah Winfrey e acaba de ter sua história contada no site da revista Forbes.

É interessante observar que nem sempre aquilo que sequer imaginamos -ou mesmo rejeitamos- empreender nos será a base fundamental de uma caminhada de sucesso. Foi o que aconteceu com Dani Johnson. Que nos sirva de lição e alerta.

Ousadia, bom-senso e persistência


O blog Ideais e Negócios destaca nesta postagem a história do empresário Marco Stefanini, que deixou a geologia de lado para fundar umas das empresas  pioneiras na área de Tecnologia da Informação do Brasil, a Stefanini, que fatura atualmente R$ 2 bilhões anuais e marca presença de forma atuante em 30 países. Inspire-se nessa trajetória de sucesso você também!


Observando hoje, todo mundo percebe que se os planos do universitário Marco Stefanini tivessem dado certo, o empresário de sucesso Marco Stefanini simplesmente não existiria. Craque em ciências exatas e apaixonado por viagens, ele não tinha dúvidas de que, com a faculdade de geologia, poderia trabalhar viajando pelo país, colocando em prática seus conhecimentos de física e matemática. No entanto, as coisas não foram tão simples. Em meio ao caos econômico da década de 80, a profissão de geólogo não se mostrou tão promissora quanto esperava. Recém-formado, Stefanini era também o mais novo desempregado do país. Apelou para as relações familiares e fez o primeiro movimento rumo ao empreendedorismo. Um amigo de seu pai conhecia um americano interessado em comprar pedras preciosas brasileiras. Stefanini decidiu exportá-las. Pegou um ônibus até a cidade mineira de Teófilo Otoni, comprou as gemas e as despachou para os Estados Unidos. Inexperiente, não levou em conta a burocracia do negócio. A mercadoria ficou meses parada na alfândega americana. Quando foi liberada, o lucro da transação havia sido corroído pela hiperinflação e ele ainda devia US$ 1 mil em taxas. Foi o fim da geologia-empreendedora na vida de Stefanini.

Ele então optou por um caminho menos ousado. Naquela época, o Bradesco estava atrás de profissionais da área de exatas para trabalhar como analistas de sistemas. Foi seu primeiro contato com o mundo da tecnologia da informação. Gostou tanto que, nas horas livres, dava aulas sobre TI e desenvolvia sistemas para pequenas empresas. Aquela fagulha empreendedora despertada no jovem recém-formado não havia sido extinta pela experiência fracassada com as pedras preciosas. Como a demanda por aulas e sistemas continuava a crescer, Stefanini deixou o banco para se tornar um pequeno empresário. Tinha 26 anos quando, em 1987, fundou a Stefanini IT Solutions, especializada em treinamento na área de tecnologia da informação. Apesar do nome pomposo, a Stefanini ocupava um dormitório da casa de seu dono e único funcionário. Só no ano seguinte ele alugou um escritório, na região da avenida Paulista, em São Paulo. Hoje, a companhia fatura R$ 1,9 bilhão por ano, é a terceira mais internacionalizada do Brasil (está presente em 30 países) e emprega 17 mil funcionários. 

Em 1995, o banco que cuidava do dinheiro da Stefanini faliu. A empresa quase foi junto   


Em março de 1990, quando os negócios estavam engrenando, Stefanini tomou uma rasteira do Plano Collor. “Tínhamos uma programação para dar 30 cursos ao longo do ano, mas todos foram cancelados. Quer dizer, tivemos um, que foi pago 120 dias depois. Não bastasse isso, uma semana antes me roubaram o carro. Levei seis meses até comprar outro.” Para retomar o prumo, Stefanini trabalhou de graça. Em vez dos cursos, deu 60 palestras gratuitas sobre TI. Era uma estratégia para divulgar seus serviços e, quem sabe, colher os dividendos lá na frente. Deu certo. Em 1991, já recuperada do baque, a Stefanini multiplicou seu faturamento por seis, alcançando US$ 700 mil. “Quando se monta um negócio, é difícil acertar de primeira. Você vai ciscando até dar certo”, diz ele.

CORREÇÃO DE ROTA
O expressivo aumento do faturamento naquele ano foi resultado também de uma decisão estratégica que marcaria uma nova fase na história da Stefanini. No início da década de 90, o gerenciamento de custos entrou para valer na cartilha de gestão das companhias brasileiras e trouxe junto outra ferramenta, a terceirização. O empresário vislumbrou a oportunidade de ser um dos primeiros a cuidar dos sistemas de informação das empresas. Além disso, diversificaria o leque de clientes da Stefanini. “O problema de investir em treinamento é que eles são muito sazonais. Quando vem a crise, é a primeira coisa que as empresas cortam. Se eu tivesse ficado só em treinamento, teria morrido.” O motor de crescimento da empresa migrou dos cursos para os serviços de TI.
Em 4 anos, a Stefanini comprou 9 empresas. Foi a forma encontrada para acelerar a expansão 

A nova estratégia, no entanto, só deslanchou depois de mais um ajuste. As companhias brasileiras estavam trocando seus enormes computadores, batizados de mainframes, por máquinas menores, as plataformas baixas. Era o início da “microlândia” na informática, como brinca o empresário. Hoje, ele acha graça, mas o sufoco foi grande. Ele e seus funcionários não dominavam aquela tecnologia. Levou um tempo até encontrar gente capaz de ajudá-los a trabalhar nesse novo mercado. “Foi a primeira e única vez que nosso faturamento diminuiu.” Os US$ 700 mil de 1991 viraram US$ 600 mil no ano seguinte.

A escalada de crescimento foi logo retomada. Em 1993, o faturamento bateu a casa do US$ 1 milhão. Em 1994, chegou a US$ 3 milhões. O bom relacionamento com os clientes, cultivado desde os tempos das primeiras aulas, aliado ao processo de terceirização nas empresas, dava seus frutos. Mas um imprevisto – dos grandes – quase acabou com os sonhos de Stefanini. Em 1995, o Banco Irmãos Guimarães, onde ficavam 70% das reservas da companhia, faliu. O dinheiro jamais foi recuperado. “Cortamos custos e conseguimos sobreviver, graças ao nosso conservadorismo na administração da empresa.”

Aquele ano, porém, não deve ser lembrado apenas como a temporada das más notícias. Foi em 1995 que a empresa abriu os primeiros escritórios fora de São Paulo. No ano seguinte, partiu para a internacionalização, arriscando-se na Argentina. Lá fora, a Stefanini atendia as filiais de companhias brasileiras e também conquistava novos clientes locais, indicados por quem já contratava seus serviços aqui no Brasil. Depois da Argentina, vieram as operações no Chile, México, Estados Unidos, Peru, Colômbia e outros 23 países. 

A entrada da empresa brasileira no mercado global não trouxe apenas bons resultados. As crises econômicas – na Argentina, em 2002, e na Europa e nos Estados Unidos, em 2008 –, prejudicaram os negócios. Mas a maior dificuldade desse processo, segundo Stefanini, não teve a ver com as economias locais e sim com gente. “O maior desafio é a escolha de bons gestores para tocar as equipes fora do Brasil.” E mesmo os bons gestores têm problemas. Quando estava começando suas operações na Índia, em 2006, Stefanini enviou um executivo brasileiro para a cidade de Hyderabad. Durante três meses, o profissional revezou-se entre os dois países para organizar o negócio. Até que se mudou com a esposa para a Índia. Ela detestou o país e o casal voltou para o Brasil. A Stefanini perdeu seu homem na Índia e, junto com ele, um contrato com a Dell, fabricante de computadores.

Depois de consolidar o processo de internacionalização, Stefanini, que até então tinha optado por crescer organicamente, decidiu abrir o bolso. As aquisições começaram com a compra da Callere, especializada na gestão eletrônica de documentos. Desde 2009, outras oito empresas foram adquiridas. Entre os últimos negócios fechados está a compra da Orbitall, processadora de cartões que pertencia ao Itaú. “Talvez eu tenha demorado um pouco para ir às compras”, diz o empresário.

Atrasada ou não, o que importa é que a temporada de compras segue aberta. Neste ano, a Stefanini deverá ir novamente ao mercado. “No primeiro semestre, vamos nos concentrar na consolidação. Para o segundo, devemos ter novidades.” A entrada em outro mercado, o de capitais, não deve demorar muito mais. “Tínhamos pensado em fazer o IPO em 2008, mas adiamos por conta da crise. A abertura de capital deve acontecer nos próximos dois anos, quando o cenário internacional estiver mais estável.” Será a vez de conquistar a simpatia não apenas dos clientes, mas também dos investidores.  

Venda Direta: Garantia de Renda Extra sem mistério


A venda direta no Brasil, a chamada "venda porta à porta", já emprega mais de quatro milhões de revendedores. Os ganhos podem chegar a dez mil reais por mês, mas como qualquer negócio, pra alcançar o sucesso é preciso ter muita dedicação. Mais do que uma fonte adicional de renda, muitas pessoas que trabalham com a venda direta, já fazem do seguimento, a sua renda principal.
No ano de 2011, o mercado da venda direta movimentou R$ 50 bilhões no Brasil, com mais de quatro milhões de vendedores cadastrados. Quase a metade trabalha em mais de uma empresa do setor. O lucro médio é de R$ 300,00, mas ainda é muito variável.
A média de faturamento de quem trabalha com representação de cosméticos por exemplo, fica entre R$ 500,00 e R$ 1.500,00. Variando o tempo dedicado ao trabalho, o valor aumenta ou diminui.
A tradutora de alemão Juliana Schmidt trabalha uma vez por semana e fatura cerca de R$ 1.000,00 mensais.
Já a vendedora Renata El Moor, fez da venda direta o seu empreendimento único e chega a lucrar R$ 10.000,00 por mês. Isso mesmo. Não é balela de internet e nem também coisa fácil. O segredo, segundo ela que trabalha na área há mais de cinco anos, é ter uma agenda organizada com os dados de cada cliente, conhecer o produto que se oferece e as preferências da clientela individualmente, realizar um atendimento objetivo e ter disciplina com pagamentos e recebimentos, além de ter disponibilidade para encontrar o cliente onde o mesmo puder ser encontrado. É preciso desenvolver metas diárias, semanais, mensais e anuais, de vendas, entradas e saídas, bem como da ampliação da carteira de clientes.
De fato, com o advento da internet e consequentemente das redes sociais, houve uma otimização do setor, o que melhorou muito a vida de quem faz da venda direta o seu empreendimento ou sua fonte de renda extra.
Para a clientela cada vez mais sem tempo e corrida, ter quem lhe mostre as novidades e que ofereça pronta-entrega é uma mão na roda. Por isso esse seguimento cresce tanto e carece sempre de novos empreendedores.
Vale conferir, vale se embrenhar nesse terreno promissor.
Fique atento aos próximos artigos sobre venda direta aqui no blog!

Negócios de baixo investimento sem sair de casa: Confecção de bijuterias

Muitos seguimentos promissores estão direcionados especificamente ao público feminino. Cosméticos, vestuário, acessórios... Basta ter disposição, criatividade e organização. E mais um fator atraente é que para fazer do seguimento de bijuterias uma fonte de renda extra, não é preciso nem sair de casa. Com a consolidação da mulher como empreendedora de sucesso, a confecção dessas peças só faz crescer o nicho no Brasil. Mas algumas dicas porém são muito importantes para se destacar da concorrência, que já é grande.
A artista plástica Camila Rahal, embora seja daquelas que nunca pensou em trabalhar em empresa, começou no ramo por acaso. Quando ficou grávida e se viu obrigada a trancar provisoriamente a faculdade, para não enlouquecer com tanto tempo livre em casa fazia bijuterias para si mesma, sem a pretensão de vendê-las. Mas bastou as amigas verem as peças para que os pedidos começassem, logo gerando uma rede de clientes. Frente às crescentes encomendas, a artista viu ali uma oportunidade de negócios realista com a sua futura condição de mãe e passou a investir na ideia. “Fazia peças, tirava fotos e enviava para as conhecidas por e-mail. Hoje com as redes sociais, ficou ainda mais fácil atualizar as clientes das minhas criações”, diz. A internet se mostra uma grande aliada nesse segmento já que, além da propaganda on-line gratuita (por blogs, fotologs e redes sociais), é possível se cadastrar em sites de vendas especializados em artesanato, como o Elo7.

Há seis anos no ramo, Camila ressalta a importância da participação em feiras. “Dá visibilidade e aumenta a clientela, que às vezes não pode comprar naquela hora, mas entra em contato depois”, comenta. Para esses eventos, ela ressalta que possuir uma máquina de cartão de crédito e débito é imprescindível. Outra frente de negócio, além das feiras e da internet, são as lojas que compram as peças dos artesãos e as revendem.

A artista lembra ainda de órgãos do governo que têm como objetivo auxiliar os artesãos, a Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades (SUTACO), que oferece vantagens em impostos e crédito na compra de material.

Negócio Confecção de bijuterias
Investimento inicial R$ 800 (ferramentas, peças para a montagem das bijuterias, cola, expositores, espelho e montagem de uma mini-oficina)
Faturamento médio mensal R$ 800
Média mensal de vendas 15 peças
Preço médio de venda R$ 65 

Qual o motor que move o microempreendedor?

Pode ser um trabalho que renda uma grana extra ou alguma tarefa que se exerça com paixão, e que pouco a pouco vai ganhando espaço até que se torne a fonte de renda principal. Inumeráveis casos de negócios de sucesso se iniciaram como um hobby, um 'bico', mas o que fez com que o empreendimento deixasse de ser um coadjuvante para se tornar o papel principal na vida profissional, é a dedicação exercida e a qualidade do trabalho.


Mas o que move um profissional a buscar outros trabalhos e oferecer o seu serviço no mercado, mesmo que esteja vinculado a um emprego formal? Apesar de contar pontos, a motivação financeira não é a única.

Segundo uma pesquisa recente feita pelo site Fiverr, um portal israelense que se descreve como o maior marketplace do mundo de serviços a partir de US$ 5, revela que a independência no mercado de trabalho é um grande motivo para a maioria desses pequenos empreendedores. O site reúne algumas ofertas engraçadas – de um rapaz do Canadá que se oferece para cantar Feliz Aniversário (ou qualquer outra música) usando um chapeu do Pateta por US$ 5 até uma moça, na Argentina, que oferece uma aula de espanhol por Skype pelos mesmos US$ 5.

Na pesquisa, o Fiverr ouviu 1.100 pessoas que oferecem seus serviços no site. Os números  foram publicados pelo site da revista Fast Company. Veja alguns resultados:

· 86% estão em busca de independência no mercado de trabalho.

· 80% estão frustradas. Os seis principais motivos: falta de liberdade, não ganhar dinheiro suficiente, trabalhar em horário comercial (pouco flexível), ter que se reportar a um chefe, muitas viagens a trabalho e tédio.

· 72% dos entrevistados dizem que o principal motivo para procurar o site  Fiverr é o dinheiro.

· 40% dos usuários dizem que procuram algum tipo de diversão enquanto ganham dinheiro e 32% esperam ganhar mais experiência profissional.

· Algumas pessoas ainda não deixaram o seu emprego regular - 42% oferecem serviços que normalmente realizam no seu emprego todos os dias. Mas 35% estão tentando ganhar dinheiro com um serviço feito por hobby.

· Dois terços dos anunciantes do Fiverr enxergam seus serviços como um negócio e 14% conta com esse trabalho como a principal fonte de renda.

Para especialistas, há uma tendência de crescimento deste mercado. O cofundador da empresa Vayable Jamie Wong diz que o movimento dos microempreendedores é popular por cinco razões: a flexibilidade, a oportunidade de fazer o que você ama, o dinheiro, a oportunidade de enriquecimento e a chance de exercer a sua criatividade. Ele listou os argumentos em um post no site da Fast Company.

Em um tempo em que as pessoas querem  trabalhar com algo que lhes realize, transformar um talento pessoal em negócio parece uma receita de grande sucesso. Afinal, há cada vez menos espaço para as tarefas repetitivas e enfadonhas em um mundo acelerado pela tecnologia.

O seu "saber fazer" pode valer ouro

Ao aprender a profissão com o pai, eletricista, o pernambucano Severino Sérgio do Nascimento não imaginava que esse conhecimento lhe sustentaria a vida com certa tranquilidade, em São Paulo. Conheça a história dele e aproveite para acreditar que aquilo que você faz com talento e amor, mas que você talvez ainda não tenha posto em prática, pode sim ser a sua mina ouro, a sua liberdade, o seu negócio de sucesso.

Ele é o que se pode chamar de um faz tudo. Qualquer serviço dentro de casa é com ele mesmo.
A casa dele é pequena, mas confortável. Tem uma TV enorme na sala. Ele diz que é de 50 polegadas. ”Está totalmente paga”, garante.

No quarto do casal, móveis novos. E computador com internet. Emily e Mileny são as crianças. A cozinha e a área de serviço são bem equipadas. Como tantos migrantes nordestinos, Sérgio deixou a família no Recife em busca de um bom salário em São Paulo. Mas não imaginava que o ganha-pão viria de um ofício que ele começou a aprender com o pai, eletricista, e acabou concluindo com a prática. “A minha especialidade é elétrica, a parte elétrica e hidráulica”, explica Sérgio.

Cada vez que o celular toca, é serviço na certa. Ele diz que trabalha até 13 horas por dia e ganha pelo menos R$ 3,5 mil. “Já cheguei até R$ 7 mil.”

O segredo do sucesso é simples. “A gente ter responsabilidade, cumprir com o nosso dever, a nossa palavra”, ensina Sérgio.

A babá Jhosy Dias Piedade, a mulher, só vê vantagens no trabalho do marido. “Se eu preciso dele para vir aqui ver as meninas, ele sempre tem um tempinho. Uma escapadinha, e tem como ele vir ver as meninas também.”

Mas quando o trabalho chama, lá vai o Sérgio. De carro. Há um carro velho. O novo já está quase todo pago. Sérgio não gasta tudo o que ganha, não. Ele também paga uma previdência privada para garantir a aposentadoria e faz uma poupança para as filhas. O que sobra, investe em imóveis lá na terra natal. “Eu tenho um terreno. Estou construindo imóveis para alugar. Eu não vou dizer que tudo é fácil. É fazer dar certo. Tem os imprevistos também. Mas a gente está aí para isso. São os desafios que fazem parte de toda profissão.”

Assista a reportagem!

Como transformar R$ 20 num negócio de sucesso


Você já deve ter ouvido falar do Rei do Sabão. Recentemente, Pedro Felipe dos Santos Neto apareceu na veiculação de um comercial do Sebrae, sobre empresas que se tornaram formais. O alagoano e sua esposa Dayse Maria da Silva mantém desde 2001 uma pequena porém promissora fábrica de sabão caseiro, obtido através da reciclagem de óleo usado. Mas o sucesso do Sabão América, que hoje possui patente registrada, não foi alcançado sem uma boa dose de empreendedorismo.

Da periferia de Maceió para destaque na revista britânica The Economist, o reconhecimento do talento de Pedro e Dayse foi só uma consequência de seus esforços. Antes do sabão, trabalhando na construação civil, Pedro e sua família se sustentavam com o salário de pedreiro e a renda extra conseguida com a venda dos bolos que sua esposa fazia e que eram vendidos entre os companheiros do serviço.
Com o fim da obra e sua consequente demissão, perderam de uma só vez, o salário e a renda extra. Com o tempo passando, o aperto aumentando, apenas R$ 20,00 no bolso e uma antiga receita de sabão caseiro, o casal comprou uma quantidade de couro de galinha, que era testado e queimado no próprio quintal, até virar sabão.

“Conseguimos vender uma caixa para o mercadinho, botamos uma placa na porta — 'VENDE-SE SABÃO CASEIRO A R$ 0,25', o melhor preço da região, e aí começaram a aparecer os primeiros clientes”, lembra Pedro, feliz, ao lado de Dayse e da filhas Paula Débora, 6; Daysiane, 4, e Pauline, a caçula, de 2 anos, que cresceu exatamente no tempo da virada na vida de Pedro.

Pedro e Dayse trabalhavam em um quarto abafado, com todo processo feito à mão, em uma tosca mesa cheia de linhas e tábuas, para fazer o corte das barras. Bem no início sua produção era pequena, e a entrega era feita de bicicleta nos mercadinhos do bairro. Tudo só foi possível quando Pedro pediu os primeiros empréstimos (R$ 80, R$ 300 e R$ 800), no Banco do Cidadão. Ao todo foram oito empréstimos, todos foram quitados.

Em 2008, os negócios de Pedro sofreram um abalo, com a chegada de uma empresa de biodiesel de Aracaju, que começou a comprar o óleo usado de restaurantes e hotéis de Maceió. 

“Perdi meus fornecedores de óleo usado, já que eu pegava de graça nesses hotéis e restaurantes, pois ajudava a reciclar e colaborava para um meio ambiente mais sadio. Mas parece que a empresa não deu certo. Hoje o óleo é quem corre atrás de mim, e como disse a reportagem, virei mesmo o rei do sabão”, diz Pedro Felipe, que estoca em tonéis mais de mil litros de óleo, matéria prima bastante para fabricar de 200 a 250 caixas de sabão, contendo 50 unidades.

Com isso, ele dobrou sua produção, e desde então o pessoal é quem liga para ele buscar o óleo. Em 2008, ele tinha uma produção média de 300 caixas (com 50 tabletes) por mês, e em 2009 seu volume de fabricação chegou a 600 caixas por mês, distribuídas para 40 mercadinhos e armazéns de toda a região no entorno do Benedito Bentes.

Pedro continua a fabricar sabão no quintal de sua casa, mas agora já emprega outras pessoas, sempre pensando em expandir e diversificar seus produtos.

“Já comecei a fazer novas pesquisas e testes para fabricar sabão em pó e sabonete líquido para agregar mais valor e mais renda, e com isso poder contratar mais gente e aumentar a minha produção. Sou suspeito para falar, mas muita gente diz que o meu sabão é melhor que o industrializado. O segredo, além da fórmula, é o amor e o carinho com que fabricamos nosso sabão”, finaliza Pedro, o ex-pedreiro que driblou a pobreza e se transformou em microempresário, patrão e palestrante, quando o assunto é sucesso nos pequenos negócios 

A impressionante história do mega-empresário atacadista Ilson Mateus

Ontem, a miséria.
Hoje, dono de uma rede atacadista prestes a se espalhar por todo o Brasil.
Não adianta o preconceito de alguns! Contra fatos não há argumentos: é preciso admirar a força dos nordestinos que, no meio de tantas adversidades, conquistam verdadeiros impérios à base de muito suor e dignidade.
Quando criança, o maranhense Ilson Mateus Rodrigues chegou a morar na rua. Já foi engraxate e garimpeiro em Serra Pelada, mas salvou-se da miséria por conta de seu aguçado instinto de comerciante e disposição para vencer.

Algo que chama a atenção nas ruas de São Luís (MA), além dos muitos buracos, é a quantidade de carros novos. Várias concessionárias abriram as portas na cidade recentemente, para atender a uma população que comemora um expressivo aumento de renda. Uma exceção é o empresário Ilson Mateus, 48. O maior varejista do Maranhão, com 22 supermercados, 10 mil funcionários e faturamento anual de R$ 2,3 bilhões dirige um Gol branco 1.0 sem ar-condicionado e com quatro anos de uso. Mas seu negócio vai pegar a estrada – o Grupo Mateus, que passa por auditoria para receber investimento de fundos de capital, vai inaugurar filiais este ano no Pará e no Tocantins.
Tinha apenas 19 anos quando colocou 70 caixas de refrigerante numa Chevrolet A10 e saiu à caça de mercadinhos do sul do Maranhão. Em menos de um ano, juntou dinheiro para comprar a segunda caminhonete. “Sempre investi tudo que ganhei no próprio negócio”, conta – o que ajuda a explicar o fato de não dirigir um carrão hoje. Numa época (ainda mais) difícil de virar empreendedor no Brasil, em 1986, Ilson inaugurou a mercearia de 50m2 que daria origem ao Grupo Mateus.
O faro de varejista fez o empresário passar ileso por planos econômicos que levaram muita gente a perder dinheiro – na verdade, os lucros dele cresceram nessas épocas. “Quando a inflação era aquela loucura, eu vendia 100 latas de óleo de manhã e fechava o mercado, para poder comprar 110 latas à tarde”, conta. “Também pagava mercadoria com cheque sem fundo no Alto Parnaíba, onde iam demorar 40 dias para descontar e dava tempo de vender as coisas.” Nem o Plano Collor foi problema. “O povo sentiu que ia ter algum congelamento e colocou tudo na poupança, porque não acreditava que mexeriam nela. Eu comprei tudo em mercadoria”.
Por fim, Ilson construiu um império. O Mateus tem 52% do mercado maranhense e é um dos maiores grupos de varejo e distribuição do Norte e do Nordeste brasileiro. Em São Luís, tem três vezes mais lojas que Carrefour e Wal-Mart somados. (O primeiro, com a bandeira Atacadão, possui só uma filial na capital maranhense; o segundo tem seis, com a rede Bom Preço.) “A gente consegue sentir a temperatura dos bairros mais promissores antes, por causa de nossa distribuidora”, explica Mateus. “Assim, dominamos as regiões primeiro e não deixamos eles avançarem.”
Após inaugurar cinco lojas no ano passado – três delas no mesmo dia, para causar impacto –, o empresário anuncia ao iG que vai abrir mais seis em 2011 e outras 12 no ano que vem. E, depois de 25 anos no ramo, o grupo sairá do Maranhão. Em Palmas, capital do Tocantins, Ilson já adquiriu dois terrenos e deve começar a construir em breve. No Pará, ele vai atacar uma área praticamente virgem de concorrentes, no sul do estado. E não deve parar nisso. “Nosso plano vai além de Norte e Nordeste”, adianta.
Dinheiro para isso não deve faltar. Primeiro, a empresa está capitalizada – as vendas cresceram 56% em 2010, 44% em 2009 e 26% em 2008. Além disso, ela está na mira de fundos de investimento, interessados em adquirir 15% do negócio, avaliado no total em cerca de R$ 1,6 bilhão. Normalmente, isso permite pagar parte do endividamento bancário de uma companhia, o que exclui os juros do balanço mensal. O Grupo Mateus passa agora por auditoria da Ernst&YoungTerco para viabilizar o aporte.
Para os especialistas, a aposta de Ilson parece correta. “O consumo dos segmentos emergentes vem se mostrando o que mais tem dado retorno, enquanto os segmentos luxo e médio já mostram certa saturação”, explica Marcos Gouvêa, sócio da GS&MD, uma consultoria especializada em varejo. “Isso deve continuar e ser a tendência mais marcante dessa década”, afirma. Segundo pesquisa divulgada essa semana pela Associação Paulista de Supermercados, as classes D e E consumiram 16% a mais em 2010, com relação ao ano anterior – nas classes C e A/B, o aumento foi de 13%.
Enquanto sua rede atinge cifras dignas de multinacional, Ilson segue andando de carro popular e morando em um apartamento alugado por R$ 1.400 na capital maranhense. “Rapaz, esse carro resolve a minha vida, então não penso em comprar outro, não”, informa. “Quando a gente sabe o que é passar necessidade, dá valor a cada centavo”. Perguntado sobre luxos com os quais aceita gastar, ele diz apenas que gosta de pescar. “Às vezes vou a uma fazenda de um amigo, no rio Xingu, onde dá tucunaré de dez quilos”. Mais do que sovinice, parece ser estratégia de negócios. “Não tenho um dólar no exterior, não tenho fazenda, nada – aplico tudo no grupo”.

O Pedreiro Maranhense que virou Empresário no Rio de Janeiro

Da vida difícil no Maranhão até virar empresário no Rio de Janeiro. Com muita vontade de querer transformar um sonho em realidade, ele jamais deixou de acreditar que era possível. Sem capital para tanto, uma porta lhe deu acesso à sua vitoriosa caminhada.

Atrás de uma vida mais promissora, o maranhense José Raimundo dos Santos, de 28 anos, chegou ao Rio de Janeiro, em 2002, com planos de montar um negócio. Ex-pedreiro no Nordeste, faltava-lhe capital para iniciar a empreitada no estado. Há três anos, porém, descobriu, enquanto folheava jornais, um projeto social que viabilizaria o antigo sonho. Hoje, José Raimundo tem uma pequena gráfica em Santa Cruz e já pensa em expandi-la.

A ONG Fabricando Empresários foi a responsável pelo início da carreira empreendedora. Por meio de um treinamento baseado em vendas de livros, a instituição prepara pequenos empresários há quatro anos, gratuitamente.
— Aprendi boas técnicas de convencimento e venda — conta José Raimundo.

Sempre motivado pelo desejo de abrir sua própria empresa, ele se destacou nas vendas e foi promovido a instrutor. Na nova função, formou cinco empreendedores, cumprindo a meta estabelecida pela organização para financiamento de novos negócios. Com um empréstimo de R$ 2 mil, Santos pagou três meses de aluguel de um imóvel em Santa Cruz e começou a desenvolver seu projeto de vida.
— Comecei vendendo livros, como na ONG, mas percebi que estava perto do Fórum e da delegacia do bairro. A demanda por serviços gráficos e de informática era muito grande — lembra ele, provando ter um aguçado espírito de empreendedor.

Com o dinheiro conquistado no início do negócio, José Raimundo comprou os equipamentos necessários para montar uma gráfica e pagou o empréstimo concedido pela ONG. Hoje, ele tem uma casa própria em Paciência e emprega duas pessoas, ambas com carteira de trabalho assinada. A meta, agora, é abrir uma filial em Itaguaí.
— O treinamento foi essencial. Aprendi a ter atitude para fazer o negócio crescer — diz José Raimundo.

O Sucesso do Ex-Surfista que virou Gerente de Vendas

Assim como todo surfista precisa fazer para pegar onda, ele -inconscientemente- usou de seus conhecimentos na diversão do mar para encarar uma nova empreitada e manter-se no mercado de trabalho. Uma mistura de humildade, vocação latente e muita dedicação.

Cair, ter que remar de novo e procurar outra onda, outra chance de acertar. Aos 23 anos, sem dinheiro e sem emprego, André Moreira César tentava se manter na superfície. Mas a vida estava em um redemoinho. "Eu tive que trancar a faculdade por causa da grana", conta.
E o tão desejado diploma na faculdade de administração ia ficando para trás. O emprego temporário como vendedor em uma loja de artigos para surfe podia ser uma saída. Mas a idéia não entusiasmava.
"É difícil alguém, dentro da faculdade, planejar trabalhar em uma loja. Não é o emprego mais procurado. O sonho era outro", conta André, que, mesmo assim, arriscou. O primeiro desafio foi escrever o currículo. Sem experiência para oferecer, ele tentou conquistar pelas próprias qualidades.
"Com as minhas características: ter atitude, vontade de vencer, trabalhar em equipe, correr atrás dos objetivos propostos", explica André.
E não é que ele conseguiu a vaga? O trabalho temporário começou exatamente nas semanas que antecedem o Natal. Mas tinha prazo para terminar. Em março, as pranchas da vitrine ficariam para trás e André teria que pensar novamente o que fazer do futuro.
O surfista podia simplesmente se deixar levar pela onda, mas algo inesperado aconteceu: André começou a gostar de vender. "Eu sempre me relacionei muito bem com as pessoas. Comecei a gostar de ter contato com o cliente. Como eu já me identificava com o produto, tinha facilidade de falar", explica.
Dedicação a cada cliente. E sempre de olho nas metas, segredo para quem tem poucos meses para causar uma boa impressão.
"É o momento de mostrar todo o seu talento. E não existe reconhecimento sem muito esforço. Tem que se esforçar, ser flexível, querer aprender. E mostrar isso. Tem que estar motivado, tentar se relacionar com as pessoas e mostrar o seu comprometimento", orienta Tatiana Zaffari, especialista em recursos humanos.
Entre dez empregados temporários, André foi o que mais vendeu. Ele ficou em quinto lugar entre todos os vendedores da loja e chamou a atenção dos patrões. Quando o fim do contrato chegou, o que era temporário virou permanente.
"Um bom candidato abre uma vaga. Não importa se a empresa está precisando ou não, ele vai ocupar aquele espaço e vai ficar", diz Ângela Schifino, gerente de recursos humanos.
Ficar e crescer. André se apaixonou pela profissão. De vendedor, passou a supervisor. Hoje, ele é gerente e treina os novos funcionários. A vida profissional devolveu o sonho. André pôde voltar para a sala de aula. A formatura é em janeiro. Com o novo salário, ele já tem até um mestrado nos planos. Lembra o jovem que não queria ser vendedor? O sucesso faz muita diferença!
"Eu acordo disposto, contente, feliz. A idéia é continuar onde eu estou hoje, pensando no futuro", planeja André.

De Feirante à Empresário-Revendedor

É isso mesmo. Trabalhando desde criança na barraca de frangos da família, Marcelo cresceu, se despediu da feira e diversificou seu caminho, agregou serviços e traça seu caminho de sucesso. Sucesso pessoal e profissional, caminhando lado a lado. Nem mesmo o lixo escapou da sua habilidade de criar novas fontes de renda.


“Tínhamos três escolhas: ou bacalhoada, feijoada ou rabada”, lembra a comerciante Izilda Martins Dutra.
Pode ser o almoço de domingo com a grande família ou a viagem dos sonhos do pai para a terra natal. O microempresário Marcelo Martins Dutra faz questão: para cada conquista, um flash.
"Como dizem, a Europa é um lugar lindo, tem uma organização maravilhosa. Mas eu gosto do Brasil. Aqui é a minha terra", ressalta.
O Brasil foi adotado pelo pai de Marcelo há quase meio século. O aposentado Davi Dutra veio de Portugal em busca de trabalho.
Marcelo começou na banca de frango da feira, como o pai. "Comecei pequeno trabalhando na feira", lembra o microempresário.
Foram mais de 20 anos na feira. E uma despedida recente, há pouco mais de um ano. Mas as lições aprendidas naquela labuta vão durar para sempre. "Aprendi o seguinte: se hoje não der certo, amanhã vai dar", conta Marcelo, emocionado.
Desde pequeno, Marcelo aprendeu a enxugar as lágrimas e seguir em frente.
No escritório, ele trabalha como representante comercial, vendendo telefones e rádios. Mas também montou uma loja de roupas para a mãe. E do lixo faz negócio. Nada se perde, tudo vira dinheiro no depósito de sucata.
"Eu procuro focar sempre na melhor das opções que eu tenho, aquela está me dando maior retorno. Se hoje a telefonia está me dando mais retorno, foco nela. Se a reciclagem está dando mais retorno, foco nela. Vou fazendo dessa forma, porque, se você depender só de um negócio e ele não der certo, você acaba sofrendo a consequência do fracasso", explica Marcelo.
No melhor estilo "se vira nos 30", Marcelo ainda revende gás e não abre mão de servir um café da manhã para os catadores de sucata.
Como milhões de brasileiros, Marcelo já enfrentou dificuldades. Ele se preocupa com a crise econômica, já passou momentos de sufoco e, por isso, não é de fazer grandes planos: prefere mesmo é acreditar em cada nova manhã.
"Se eu falar que nunca desanimei, vou estar mentindo. Eu já passei por situações muito difíceis, como não conseguir pagar uma prestação de R$ 500. Se eu não conseguir sair dessa hoje, no dia seguinte eu saio ", acredita.

O Caminho do Relento ao Sucesso

De sem-teto, guardador de carros e vendedor de ferro-velho à designer de fama internacional. Essa é a tragetória do mineiro Roberto Vascon. Das dificuldades que encontrou ao sair do interior de Minas Gerais -como ir para os Estados Unidos com passagem só de ida e dormir nas ruas- ele tirou toda sua criatividade para hoje ter suas bolsas em couro afamadas em todo mundo.
Roberto Vascon já foi vendedor de ferro velho, guardador de carros e fabricante de temperos. Saiu de sua cidade natal, Raposo (em Minas Gerais), e foi para Nova York somente com a passagem de ida. Lá, dormiu nas ruas até fazer bicos e, através deles, conseguir juntar dinheiro para comprar um pedaço de couro e produzir bolsas, que passou a vender em camelôs. Como num conto de fadas, uma editora de moda que passava pela rua, parou, gostou, levou e, através de uma matéria, divulgou as criações de Roberto. Daí, para páginas de outras publicações de sucesso, foi um pulo.
A personalidade simpática e falante não deixa transparescer o quanto batalhou para chegar onde está. Ele é seu próprio talento.

Hoje, Roberto recebe em sua loja, localizada entre a Columbus e a Broadway, clientes como Katleen Turner, Roberta Flack e Aretha Franklin. O designer trabalha com uma equipe de cerca de oito pessoas, mas é ele o responsável pelo corte: “faço questão que essa etapa fique comigo”, diz ele. Em diferentes cores e modelos – desde carteiras de mão em couro metalizado com fechos de strass até bolsas grandes com estampa de onça – as criações de Roberto circulam no Brasil pelas mãos da autora Gloria Perez e da jornalista de moda Regina Martelli, além de Leda Nagle. O toque refinado é o principal diferencial e agrada a diversos estilos.

A abertura de sua primeira loja no Brasil está prevista para junho, no Rio de Janeiro, no Fórum de Ipanema: “adoro o bairro, e acho que o Fórum é uma escolha especial, porque, quando mais novo, trabalhei lá, em uma loja bem pequena... o lugar me traz boas lembranças”, explica Roberto, que, mesmo morando há quinze anos em Nova York, sempre que pode faz questão de vir ao Brasil. “Sou apaixonado pelo meu país, não consigo ficar longe desse astral... pelo menos uma vez ano eu venho. Com a abertura da loja, vai ser ótimo: obrigatoriamente terei que ficar mais por aqui. Não vejo a hora de ver minhas criações sendo usadas no Brasil, quero sair e ver gente andando com minhas bolsas pelas ruas”, completa ele.

Seu segredo está na personificação dos produtos: a cliente pode interferir na criação, escolhendo, dentre a cartela proposta de modelos, as cores e o couro. Já o toque final fica por conta do misticismo: “depois que usar minha bolsa, você vai ver... elas são especiais, eu tenho toda uma relação mística com elas, sou todo ligado a energias”. Eu acredito.



O Engraxate do Futuro

Ele não precisou de mais do que mudar sua apresentação para alavancar seu negócio. Sim, é assim que Paulo Luiz vê sua profissão de engraxate. Cansado de ser olhado com indiferença e de ganhar tão pouco por cada serviço, ele pôs seu bom-senso pra funcionar e continuar a realizar seu trabalho impecável.
Com o sucesso e estilo, o rapaz já foi até entrevistado no programa do Jô -onde ganhou R$ 50,00 do apresentador, engraxando o sapato de um outro entrevistado. Agora, procura ampliar seus negócios e já começou, arrumando um sócio. Confira a história de sucesso dele e que ela te desperte a mesma criatividade e força de vontade.
No disputadíssimo mercado de engraxates da Praça Afonso Pena e arredores, na Tijuca, Zona Norte do Rio, é possível dar um trato nos sapatos por quase nada: R$ 0,50. É isso mesmo: cinqüenta centavos. Merreca. O preço é R$ 1, mas se o cliente insistir, sai pela metade.
Olhos fixos nos pés de quem passa, jovens e meninos descalços ou de sandálias de dedo, short e camiseta surrados andam pra lá e pra cá com suas caixas de madeira debaixo do braço, desconfiados de que para conquistar a freguesia já não basta talento com o pano e a graxa. Foram-se os tempos em que improvisar um sambinha com a flanela sobre o couro, na hora de lustrar, fazia a alegria do freguês.

Atento aos padrões de exigência de quem quer gastar pouquíssimo e desfilar um pisante com jeitão de novo, e depois de muito refletir sobre a melhor estratégia para enfrentar a forte concorrência, Paulo Luiz Vieira de Oliveira, 21 anos, providenciou um tapete vermelho, radicalizou no visual e arranjou um celular.
Ele conta que ouviu tantas queixas de clientes sobre o aspecto que consideram andrajoso dos engraxates em geral, que acabou tendo uma idéia. “Pensei assim: se eu melhorar a aparência e fizer com que o doutor se sinta importante, pode ser que as coisas melhorem.”
As coisas estão melhorando.

Antes da reforma geral no visual, os dias ruins rendiam R$ 15 e os bons, R$ 30. Há um mês e meio os dias ruins rendem R$ 30 e os bons, R$ 60.

Ele não veste Prada, mas impressiona De olho numa clientela fixa, Paulo Luiz fundou, há um mês e meio, o TeleGraxa. Ele não veste Prada, mas com meia dúzia de camisas sociais de cores variadas, quatro ou cinco gravatas idem e alguns ternos, tudo de marca barata e carimbado pelo tempo, montou um guarda-roupa que combina aleatoriamente, de segunda a sábado, do meio-dia às dez da noite, e agrada os fregueses. Mais: transformou uma velha cortina em tapete vermelho, sobre o qual acomoda sua caixa de engraxate e o cliente repousa os pés. Mais ainda: distribuiu o número do celular (21 8672-3074) na região e, em 45 dias, acredita ter conquistado cerca de 30 ‘doutores’ fiéis.

Celso de Castro Barbosa/G1"Doutor" Lopes tornou-se cliente fiel porque gosta do engraxate e do seu ritual (Foto: Celso de Castro Barbosa/G1)Em sua estratégia para ampliar os domínios na Tijuca pesou o fato de se concentrarem nas ruas onde atua faculdades, uma unidade da Petrobras, outra do IBGE, onde o tênis não reina absoluto. Onde é intenso o movimento de homens circulando de sapatos. São locais públicos e privados aos quais, naturalmente, Paulo Luiz não teria acesso vestido de engraxate tradicional. Quer dizer, foi preciso pôr um terno e uma gravata para fazer sua revolução. O traje é uma espécie de passaporte para um mundo totalmente novo no qual sonha ingressar, mas em outras circunstâncias.
“Desde que passou aqui em frente há um mês, só engraxo com ele”, conta Carlos Lopes, português de Bragança, 58 anos, há 31 no Brasil, dono do Café Luso Americano, botequim na esquina da Visconde de Cairú com Mariz e Barros. “Ele engraxa bem, o preço é bom e o ritual, aquele tapete vermelho, é muito divertido. Também é um bom menino”, elogia ‘doutor’ Lopes.
“Engraxar com ele é a única maneira de eu pisar num tapete vermelho”, ironiza ‘doutor’ Carvalho. Ou Cristiano Joaquim de Carvalho, cozinheiro, 36 anos, que aproveita a hora do almoço para engraxar os sapatos.

Tristeza e otimismo
Nem só de graxa sobrevive esse paulista de Mogi das Cruzes. No apartamento em Santo Cristo, Zona Portuária, onde vive com Cleby, a mulher 13 anos mais velha, e dois filhos dela, passa as manhãs e as folgas dedicado ao artesanato. Pulseiras e brincos em macramé são as peças principais de sua coleção, à venda a partir do dia 18. Quem vai vender, em bares e restaurantes, é a mulher. A pedido de Luiz, ela deixou o trabalho de catadora de papel para reciclagem.
Filho de uma faxineira de Minas Gerais e de um pai que nunca viu nem sabe quem é, do Rio de Janeiro, Paulo estudou até a 5ª série do ensino fundamental. Não foi além por absoluta falta de meios. Por isso, aos dez anos mergulhou no mercado informal de trabalho e nunca mais veio à tona. Jamais teve a carteira profissional assinada.
Ainda em São Paulo, tirou leite de vaca em fazendas do interior, foi servente de pedreiro na capital. Sua admiração por parques de diversão o levou a buscar serviço no setor. Numa das tentativas veio parar no Rio. Perdeu o contato com a mãe há cinco anos e a última notícia que teve dela foi de que se casou com um cigano e sumiu no mundo.
Ele também se dedica à poesia, mas uma leitura rápida e desatenta de alguns poucos poemas dá a impressão de que, como poeta, trata-se de um engraxate notável. Sente-se elegante em seus ternos e não vacila em apontar um homem que admira pela elegância. “O Tom Cruise é dez!”, avalia.
Paulo Luiz Vieira de Oliveira, brasileiro, tem no olhar uma mistura de tristeza e otimismo. Sonha com a volta aos estudos, mas não sabe o que quer ser exatamente. “Na verdade eu queria um pouco de estabilidade”.

Dona Raimunda das Tapiocas: A incrível multiplicadora

Ela já enfrentou as maiores dificuldades por não ter dinheiro suficiente nem para complementar a alimentação da família. Trabalhadora incansável, multiplicou valores irrisórios com o próprio suor, melhorou de vida e hoje dá palestras para pessoas que desenvolvem projetos públicos sociais e políticos... sem deixar de lado seu apurado senso de economia e investimento.
Começar o negócio com R$ 1 milhão teria sido bem mais fácil, mas Raimunda só tinha R$ 1. O que para muita gente é troco, para ela era uma pequena fortuna.
"Às vezes, eu tinha só o feijão, o arroz, não tinha uma merenda para dar para essas crianças comerem", conta a quituteira Raimunda Pereira.
Quando Raimunda se viu apenas com R$ 1 na mão e muita necessidade em casa, resolveu apostar numa receita que aprendeu com os pais. Com o dinheiro, comprou goma, a massa usada para fazer a tapioca. Um vizinho deu os cocos. Ela preparou tudo. E com 25 tapiocas começou um negócio.
"Me levantei de madrugada, caladinha, sozinha, quebrei uns coquinhos, fiz 25 tapiocas e saí vendendo. Vendi tudinho”, lembra ela.
Ela voltou para casa com menos de R$ 10 e uma pergunta: O que fazer para esse dinheirinho render?
"Primeiro eu tinha que comprar o material para trabalhar, porque se eu não comprasse, eu gastava o dinheiro todo em casa e como era que eu ia trabalhar sem ter material?”, conta Raimunda.
A produção foi aumentando, as encomendas também. O primeiro grande cliente foi o dono da padaria do bairro, na periferia de Fortaleza.
"Comecei com dez tapiocas. Aí foi aumentando. De dez passou para 15, de 15 para 20, para 30. Depois passou para 50", lembra ela.
"Ela deixa de manhã, a tarde passa cobrando e a gente paga. Nunca fiquei devendo, ela não deixa”, diz o dono da padaria Cristiano Marques.
Já não faltava mais comida em casa e Raimunda até pensou em fazer uma pequena extravagância, comprar um vestido novo.
“Quando eu cheguei na loja eu olhava para os tecidos, olhava para os vestidos e fica pensando que não ia dar", lembra ela.
Foi o espírito de empreendedora que falou mais alto.
“Andei em muitas lojas, muitas. Não comprei o vestido, comprei foi as peças para eu trabalhar, forma para fazer tapioca", conta ela. Com os novos equipamentos, a produção se multiplicou. A família, que não botava fé no negócio, passou a acreditar. Ela, os filhos e o marido montaram uma cozinha maior em casa para fazer as tapiocas.
“Eu faço 350, 400, quase todo dia", garante Raimunda.
Os valores ainda são pequenos. O investimento que Raimunda fez no começo, R$ 1, equivale hoje a três tapiocas menores. Outras custam R$ 0,40, cada. Mas foi assim, de moeda em moeda, de real em real, que ela conseguiu formar um pequeno patrimônio. Reformou a casa onde mora e construiu outros quatro imóveis para alugar, na periferia de Fortaleza.
"Para mim é um castelo que eu tenho, é um futuro para minha vida, um futuro pros meus filhos mais tarde", afirma ela.
Sete anos depois, Raimunda sabe que deve manter o ritmo de trabalho. Levanta de madrugada, todos os dias.
"A gente se levanta às 2h”, conta.
Quando termina de fazer as centenas de tapiocas, ainda tem fôlego para entregar o café da manhã.
Ela vende nas ruas, de porta em porta.
“O sabor do coco é muito bom, bem macia, é ótima. Todo dia de manhã ela passa, já vem gritando e a gente já sabe que é ela e eu compro”, aprova o cliente Sidnei da Silva.
Histórias como a de Raimunda se refletem nas estatísticas. O último levantamento feito no Brasil mostra que para cada homem que começa um negócio, há também uma mulher. O país é o segundo no mundo em número de mulheres empreendedoras, atrás apenas da Hungria.
No Ceará, a vida dessa mulher forte, batalhadora virou exemplo. Hoje, Raimunda dá palestras, ensina como investir bem o dinheiro. Na platéia, médicas, psicólogas, assistentes sociais que desenvolvem políticas públicas no interior do Ceará.
“A dificuldade, a humildade, a necessidade, que é demais. Você passar fome de ter vontade de comer uma coisa e não ter o dinheiro para comprar. Você saber poupar aquele dinheiro que você pegou, saber dividir aquele dinheiro que você conseguiu, é isso aí que me fez isso”, explica Raimunda.
Raimunda não sabe mais onde as tapiocas podem ajudá-la a chegar. Para quem pensa em seguir o mesmo caminho, o conselho é um só: “Tanto faz R$ 1 como R$ 1 milhão, você tem que saber valorizar e usar”, ensina Raimunda.

Aguinaldo das Pamonhas: de bóia-fria à micro-empresário bem sucedido

Ele já foi um bóia-fria cheio de dívidas. Mas mesmo trabalhando de baixo de sol forte, o humilde trabalhador conseguiu enxergar uma mínima oportunidade e a agarrou. Hoje é um empresário de sucesso e fazendeiro promissor.

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